Imagens dos acontecimentos: https://imgur.com/a/dWAGE
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O multiverso está abalado, o homem de “mudanças” mais uma vez mudou, e nesta última alteração, um universo se desfez, com o aval do “demônio” não havia mais nada a ser feito para mudar tal situação a não ser fugir, fugir para longe de toda aquela destruição. Muitos morreram com a explosão daquele mundo, outros com sorte, foram lançados para os longínquos planos do vasto multiverso, teve aqueles que ainda se viram perdidos em meio ao caos do mundo dos ovos e dos legionários Bazzing. Todos nós fomos separados, todos se viram sem lar, mas não era o fim, ainda havia um suspiro de vida, havia um canto longíquo, difícil de ser localizado, difícil de ser lembrado, e ainda, desconhecido para alguns dos companheiros do falecido piores do mundo.
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O multiverso está abalado, o homem de “mudanças” mais uma vez mudou, e nesta última alteração, um universo se desfez, com o aval do “demônio” não havia mais nada a ser feito para mudar tal situação a não ser fugir, fugir para longe de toda aquela destruição. Muitos morreram com a explosão daquele mundo, outros com sorte, foram lançados para os longínquos planos do vasto multiverso, teve aqueles que ainda se viram perdidos em meio ao caos do mundo dos ovos e dos legionários Bazzing. Todos nós fomos separados, todos se viram sem lar, mas não era o fim, ainda havia um suspiro de vida, havia um canto longíquo, difícil de ser localizado, difícil de ser lembrado, e ainda, desconhecido para alguns dos companheiros do falecido piores do mundo.
Neste mundo esquecido, o sol brilhava forte, o chão seco transmitia uma grande sensação de abandono, o homem que trajava um capote grande e um chapéu pontudo estava suado, o sol lhe queimava a pele. Não sentia sede pois havia acabado de beber dar águas do grande e imenso corguinho; era possível ver escombros do universo que havia sido destruído atrás do corguinho, se fosse forçasse bem os olhos, mas ele não queria ver, queria encontrar o antigo lar que a muito tempo fora abandonado. E ele andou, andou bastante sobre aquele chão seco, os urubus lhe perseguiam como se esperassem o pior mas ele não demonstrava desânimo até que viu a grande casa de madeira a sua frente.
A casa era enorme, estava mal cuidada, parecia que iria desabar a qualquer momento, mas o homem sem hesitar se aproximou, caminhou devagar e atravessou a porta vai-e-vem. ELe sentiu presença naquele lugar, mas apenas buscou se apresentar, sabia que não havia inimigos alí, e de fato, havia apenas amigos; Lá estavam eles, armado, apontando para a porta, aguardando o pior, o besouroVelho, Zelda, Darth Note e o felino trabalhador. O homem foi bem recebido pelos antigos amigos, mas não havia muito o que comemorar, havia muito trabalho a fazer. Eles já haviam enviado sinais para todo o multiverso na tentativa de trazer mais companheiros para aquele lugar, agora eles vivivam em um mundo fora da lei, como foragidos, precisavam daquele lar.
-A confraria foi totalmente destruída, poucos ainda vivem. - Disse Zelda.
-Não há mais confraria, este mundo é outro e devemos abandonar velho títulos - Respondeu o besourovelho.
-Devemos focar em criar um lugar livre, mas com regras a serem seguidas para que a paz seja mantida. Devemos tornar este lugar um lar para todos que se viram forçados a fugir, um lar melhor que o piores do mundo. - afirmou o gato trabalhador.
O cowboy supremo já havia ocupado o porão do grande salão, quieto no escuro, estava imerso em seu mundo, sofrendo de crise pois agora viu suas 12 partes que haviam sido separadas dele naquele antigo mundo, retornarem.
Glicose e Duplo já habitavam aquele mundo a mais tempo, estavam fazendo os preparativos para tudo que fosse necessário para manter aquele lugar de pé. Darth Note encontrou o Dr amante de animais, mas cavalgaram juntos para longe, pois acreditavam que alí seria Cuba, mas nem fudendo que vai ser.
Vários companheiros retornaram e o salão se viu cheio mais uma vez.
-E o que faremos daqui pra frente? - Perguntou o Major.
-Lutaremos, temos muito o que fazer, vivemos agora em um mundo fora da lei, temos regras a serem impostas mas não será fácil, estamos vivendo às margens do grande corguinho, devemos nos armar e trabalhar para reformar este lugar, aqui não somos simplesmente um bruxo, ou um golfinho muito fdp, ou um gato, um corge ou um montador de onça muito estiloso. Somos guerreiros! - Respondeu o bruxo enquanto prendia em sua cintura o cinto com uma pistola pendurada.
-Verdade! Eu já estou pronto! - Respondeu o montador de onças enquanto mostrava seu chapéu, colete, calças e botas de couro, todas combinando com a flanela amarrada em seu pescoço.
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CELSO Na Basílica.
O Bosque dos Bolados sempre foi meu lar, antes mesmo do cataclisma. Agora, preciso dividi-lo. Pois do Bosque dos Bolados e das Montanhas dos miseráveis eles tiraram pedras, paus e ferro para erguer a Basílica.
O mundo está diferente. O Sol ainda nasce ao leste e se põe a oeste. Mas hoje, ao invés de ascender ao zênite, ele ergue-se 1/5 do caminho, transcreve uma parábola para o norte e começa a cair, chegando ao horizonte no poente.
O mundo se tornou um eterno crepúsculo com esse “problema de cambagem” do mundo... e o Sul se tornou a terra onde o sol não bate.
Se eu fosse um homem melhor, eu teria participado das obras da Basílica. Diabos, se eu tivesse mais fibra estaria lá durante a batalha. Mas sou apenas um símio que cansou de sua vida natural. Que quis a liberdade, e teria de ser um bom vizinho agora.
Por sobre a copa das árvores a cúpula reluzente. Tinha alguns dias desde a minha última visita, mas agora parecia que, se não de todo pronto, o templo deveria estar apto a receber os refugiados. Decido enfim ir ao local da derradeira peregrinação. Salto sobre galhos e penduro-me em cipós, até que o descampado produzido pela extração de madeira me força ao solo, de onde caminho até a grande obra.
Vejo-me pisando em barro vermelho, ante uma vala por onde um caudaloso córrego passa. Não é muito volumoso. Mas as imperfeições da escavação o tornava um obstáculo para atravessar.
Colunas paralelas de granito desenhava um círculo ao redor de um obelisco... “O Monumento ao Comentarista Banido”. Deveria haver algum simbolismo naquela obra de arte que introduz a construção, mas minha insensibilidade racional não a captava. Para mim, era uma pedra que os obreiros não tiveram disposição de retira-lo. E ficavam lá à sua sombra, domando café e fazendo cocô.
Alguém mais pensava isso. Ele usava robes monísticos, com a faixa vermelha no braço, dando a ele a distinção das lideranças daquele templo. Na faixa, um padrão em preto espelhando um velho símbolo do budismo. Era uma afronta às deidades que deram as costas aos formadores daquela irmandade.
- ONDE ESTÁ A PONTE! – Urro eu, tentando fazer minha voz superar as águas do córrego.
- O QUE?!? – O pretor, aparentemente, não ouvira.
- PONTE! – Insisto, e percebo que ele se aproximava, o que facilitaria a comunicação. – COMO EU ATRAVESSO?
- VOCÊ PULA!! – Fala ele com uma naturalidade que fez eu me sentir uma criança tola.
Olho para o córrego. Não era um desafio para alguém com minha saúde e agilidade, mas estava longe de ser convidativo. Talvez fosse alguma “provação religiosa”, ou simbolismo como a pedra no meio do círculo.
Salto sobre o córrego. Estava agora no território da Basílica. O piso era de pedras polidas. Poderia se passar por azulejo, mas eu sabia melhor. Contorno o “Monumento” e finalmente vejo o prédio principal, um prédio quadrado mas esquinado por torreões, com janelas longínquas a partir do segundo piso, e embora estivesse assentada no lado oposto do prédio, a Cúpula do Blocão, que dava o ar templário ao prédio. Uma última peça oriunda do tempo em que havia zênite na passagem do sol.
- Então, é nisso que trabalhavam esse tempo todo? – Pergunto, puxando conversa.
- É um começo. – Fala o monge. – Era isso ou aceitar a desgraça sobre todos os nossos irmãos.
Após o círculo no monumento, ainda haviam colunas desenhando um caminho – agora mais direto – até os portões de carvalho da basílica. Entre suas colunas, buscando alguma sombra mais reconfortante, aqueles que ainda não aceitavam bem a Grande Perda. Eles liam os textos antigos, e as regras que guiaram tantos. Doze delas sagradas, uma profana... se muito não me engano.
- Vocês vão aceitar “Qualquer” um? – Minha pergunta era válida. Mesmo dentre aqueles nas sombras tinham desde quem provocou o cataclisma, quem apoiou o cataclisma, e mesmo quem nos venderia ás deidades por um mero pedaço de pano com o rosto bordado deles.
- Estamos ponderando ainda. Nada é definitivo. – Fala o pretor. – Estávamos nos afogando. Era nos agarrar ao que tivesse a nosso alcance ou aceitar a morte. Não vemos como possamos julgar uma ou outra ideologia. Creio que devamos ser tolerantes a todos.
- Todos não. – Eu falo sugerindo, mas soou como uma ordem, vejo agora. – Nunca aos intolerantes.
- Mas isso faria de nós os intolerantes, não?
- “O Ser e o Nada”. Satre. – Cito. – A liberdade é uma limitação em si. A “total” liberdade é um paradoxo. Se “tolerar” quem não “tolera”, estes ganham força, e logo destruiriam a tolerância. Deveria haver uma lei nos antigos tomos que previne que a busca pela bondade absoluta acabe com a obra.
- “O Amor não Constrói Nada”. – Fala o pretor. Era justamente a primeira lei. Vi naquele momento que interpretei todo errado por muito tempo.
Os portões se abrem. O interior estava mais acabado que o exterior, embora faltassem os viveres. A poeira tinha sido varrida. Três sacristias estavam completas. Um pátio elevado imediatamente abaixo da Cúpula e entre nós e essas estruturas, mais um porão onde um cowboy esquisito carregava caixas profanas, o salão.
- Homens dos nove gêneros, capivaras e lagartos. E tantos mais quantos pedirem serão ouvidos aqui. – Informa o pretor. – Diariamente. Vai levar algum tempo, mas a normalidade deve retornar às vidas de...
- Creio que essa já era. – Falo com um pouco de revolta na voz. – A normalidade jamais voltará. A traição foi grande demais.
- Novamente... estávamos nos afogando. – Ele repetia a metáfora. – Vamos nos segurar em nossas vidas antigas. Nossa irmandade. Vamos rir uns dos outros. Brigar por mediocridades políticas. Paralelamente, vamos trabalhar nossa espiritualidade para que o que causou o cataclisma seja sanado. E se isso não der certo...
- Nos afogaremos? – Falo com ironia.
- Sim... e arrastaremos conosco o que pudermos agarrar.
Havia uma sobriedade na voz dele. Claro, estávamos limitados pela mortalidade. Mas saber que não iríamos calados ao fundo das águas foi decisivo ao me fazer dar uma chance à Basílica.
O mundo está diferente. O Sol ainda nasce ao leste e se põe a oeste. Mas hoje, ao invés de ascender ao zênite, ele ergue-se 1/5 do caminho, transcreve uma parábola para o norte e começa a cair, chegando ao horizonte no poente.
O mundo se tornou um eterno crepúsculo com esse “problema de cambagem” do mundo... e o Sul se tornou a terra onde o sol não bate.
Se eu fosse um homem melhor, eu teria participado das obras da Basílica. Diabos, se eu tivesse mais fibra estaria lá durante a batalha. Mas sou apenas um símio que cansou de sua vida natural. Que quis a liberdade, e teria de ser um bom vizinho agora.
Por sobre a copa das árvores a cúpula reluzente. Tinha alguns dias desde a minha última visita, mas agora parecia que, se não de todo pronto, o templo deveria estar apto a receber os refugiados. Decido enfim ir ao local da derradeira peregrinação. Salto sobre galhos e penduro-me em cipós, até que o descampado produzido pela extração de madeira me força ao solo, de onde caminho até a grande obra.
Vejo-me pisando em barro vermelho, ante uma vala por onde um caudaloso córrego passa. Não é muito volumoso. Mas as imperfeições da escavação o tornava um obstáculo para atravessar.
Colunas paralelas de granito desenhava um círculo ao redor de um obelisco... “O Monumento ao Comentarista Banido”. Deveria haver algum simbolismo naquela obra de arte que introduz a construção, mas minha insensibilidade racional não a captava. Para mim, era uma pedra que os obreiros não tiveram disposição de retira-lo. E ficavam lá à sua sombra, domando café e fazendo cocô.
Alguém mais pensava isso. Ele usava robes monísticos, com a faixa vermelha no braço, dando a ele a distinção das lideranças daquele templo. Na faixa, um padrão em preto espelhando um velho símbolo do budismo. Era uma afronta às deidades que deram as costas aos formadores daquela irmandade.
- ONDE ESTÁ A PONTE! – Urro eu, tentando fazer minha voz superar as águas do córrego.
- O QUE?!? – O pretor, aparentemente, não ouvira.
- PONTE! – Insisto, e percebo que ele se aproximava, o que facilitaria a comunicação. – COMO EU ATRAVESSO?
- VOCÊ PULA!! – Fala ele com uma naturalidade que fez eu me sentir uma criança tola.
Olho para o córrego. Não era um desafio para alguém com minha saúde e agilidade, mas estava longe de ser convidativo. Talvez fosse alguma “provação religiosa”, ou simbolismo como a pedra no meio do círculo.
Salto sobre o córrego. Estava agora no território da Basílica. O piso era de pedras polidas. Poderia se passar por azulejo, mas eu sabia melhor. Contorno o “Monumento” e finalmente vejo o prédio principal, um prédio quadrado mas esquinado por torreões, com janelas longínquas a partir do segundo piso, e embora estivesse assentada no lado oposto do prédio, a Cúpula do Blocão, que dava o ar templário ao prédio. Uma última peça oriunda do tempo em que havia zênite na passagem do sol.
- Então, é nisso que trabalhavam esse tempo todo? – Pergunto, puxando conversa.
- É um começo. – Fala o monge. – Era isso ou aceitar a desgraça sobre todos os nossos irmãos.
Após o círculo no monumento, ainda haviam colunas desenhando um caminho – agora mais direto – até os portões de carvalho da basílica. Entre suas colunas, buscando alguma sombra mais reconfortante, aqueles que ainda não aceitavam bem a Grande Perda. Eles liam os textos antigos, e as regras que guiaram tantos. Doze delas sagradas, uma profana... se muito não me engano.
- Vocês vão aceitar “Qualquer” um? – Minha pergunta era válida. Mesmo dentre aqueles nas sombras tinham desde quem provocou o cataclisma, quem apoiou o cataclisma, e mesmo quem nos venderia ás deidades por um mero pedaço de pano com o rosto bordado deles.
- Estamos ponderando ainda. Nada é definitivo. – Fala o pretor. – Estávamos nos afogando. Era nos agarrar ao que tivesse a nosso alcance ou aceitar a morte. Não vemos como possamos julgar uma ou outra ideologia. Creio que devamos ser tolerantes a todos.
- Todos não. – Eu falo sugerindo, mas soou como uma ordem, vejo agora. – Nunca aos intolerantes.
- Mas isso faria de nós os intolerantes, não?
- “O Ser e o Nada”. Satre. – Cito. – A liberdade é uma limitação em si. A “total” liberdade é um paradoxo. Se “tolerar” quem não “tolera”, estes ganham força, e logo destruiriam a tolerância. Deveria haver uma lei nos antigos tomos que previne que a busca pela bondade absoluta acabe com a obra.
- “O Amor não Constrói Nada”. – Fala o pretor. Era justamente a primeira lei. Vi naquele momento que interpretei todo errado por muito tempo.
Os portões se abrem. O interior estava mais acabado que o exterior, embora faltassem os viveres. A poeira tinha sido varrida. Três sacristias estavam completas. Um pátio elevado imediatamente abaixo da Cúpula e entre nós e essas estruturas, mais um porão onde um cowboy esquisito carregava caixas profanas, o salão.
- Homens dos nove gêneros, capivaras e lagartos. E tantos mais quantos pedirem serão ouvidos aqui. – Informa o pretor. – Diariamente. Vai levar algum tempo, mas a normalidade deve retornar às vidas de...
- Creio que essa já era. – Falo com um pouco de revolta na voz. – A normalidade jamais voltará. A traição foi grande demais.
- Novamente... estávamos nos afogando. – Ele repetia a metáfora. – Vamos nos segurar em nossas vidas antigas. Nossa irmandade. Vamos rir uns dos outros. Brigar por mediocridades políticas. Paralelamente, vamos trabalhar nossa espiritualidade para que o que causou o cataclisma seja sanado. E se isso não der certo...
- Nos afogaremos? – Falo com ironia.
- Sim... e arrastaremos conosco o que pudermos agarrar.
Havia uma sobriedade na voz dele. Claro, estávamos limitados pela mortalidade. Mas saber que não iríamos calados ao fundo das águas foi decisivo ao me fazer dar uma chance à Basílica.
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Muito maneiros os contos? Quem escreveu o primeiro (o autor do segundo é bem obvio)?
ResponderExcluirBenjamin.
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